Uma tarde monótona

Bom, para lhes ser franco eu não tenho a mínima idéia do que quero ou do que vou escrever. Simplesmente abri o blog, cliquei em criar nova postagem e comecei me explicando o por quer da minha falta de convicção ao digitar temerosas letras. Bem, digo isso e nada mais que isso me perguntou em meio ao cliques das teclas o que eu devo escrever agora. E subitamente me vem à mente que eu não sei exatamente o que escrever. E também me vem a esta mesma mente que aos olhos dos que lerem dirá, porque alguém perde tempo tentando explicar que não consegue escrever escrevendo? Boa pergunta... Mas eu sou assim mesmo meio teimoso e cheio de manias.

Tiro os olhos do computador e olho à televisão e mudou de canais, são cem ao todo, eu acho, mais não vejo nada de interessante nesse momento. Paro em um, justamente no canal da portaria, aquele ponto onde podemos ver quem entra e quem sai do nosso condomínio. Aquele que olhamos antes mesmo de atender o interfone. Temos que nos certificar que é antes de atender, muitas vezes são pessoas más indesejadas e é melhor fingirmos que não estamos em casa. Ou pode ser um ladrão, um Hobin Wood talvez, eu preveria que fosse, ele estaria roubando de alguém para trazer para mim, os pobres. Daqui, vejo o faxineiro de vassoura em punho varrendo o chão, catando as folhas da figueira no cimento, vejo além do portão e grades verde bandeira os carros e ônibus passarem. Vejo pessoas saindo e entrando do prédio com suas vidinhas fúteis e fartas. Vejo o porteiro aborda e libera o rapaz da farmácia. E depois o do Chine in Box, o carteiro, olhem lá um oficial de justiça, uma mãe desce pra saber quem bateu no filhinho "daputa" dela e o vento do fim da tarde fazem as folhas das palmeiras bailarem...

Escrito por Humberto Lopes